quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tradições, rituais e superstições


O casamento é um dos eventos mais marcados pela existência de rituais e tradições, alguns dos quais com origem em tempos muito remotos. Estes costumes, característicos das culturas e religiões de cada país, mantiveram a sua importância. Embora o seu simbolismo tenha mudado, a verdade é que alguns perduram na história.

As alianças:

A palavra “aliança” tem origem no latim alligare, e significa "compor”, “ligar-se a".
Símbolo de união, amor, carinho e principalmente de compromisso, o uso de alianças tem origem no Egipto, onde os faraós acreditavam que o círculo era um símbolo da eternidade da união. O uso no quarto dedo da mão esquerda deve-se à crença dos egípcios de uma veia que passa nesse dedo e vai directa ao coração.
Representa fidelidade e a união perfeita, sem começo e sem fim.


Nos nossos dias já se usam vários tipos de alianças, em ouro amarelo, velho ou branco, em platina, com pedras preciosas, redondas, quadradas, achatadas… enfim, um enorme leque de ofertas “pr’o menino e pr’a menina”.
Nós já escolhemos as nossas, mas lá está… só se mostram no grande dia!



O arroz:

Há 4 mil anos, na China, o arroz era considerado um símbolo de fartura e já era costume atirar-se alguns grãos sobre os noivos após a cerimónia. Conta-se que um poderoso mandarim quis mostrar a sua riqueza e realizou o casamento da filha sob uma verdadeira chuva de arroz.
É dos rituais mais antigos e é símbolo de frutificação, prosperidade, fertilidade, saúde, riqueza e felicidade para os noivos.

É igualmente símbolo de uma valente comichão na cabeça (quer-me parecer) e de algum desconforto, é que só descobrir no fim do dia que aquele incómodozinho no soutien afinal ainda era um grão de arroz… enfim.
Mas lá vai ter de ser, diz que é a tradição (a quanto obrigas…) e há dias e dias. E aquele dia, vai ser um dos mais importantes da nossa vida.

Por isso… Que venha de lá essa chuva de arroz!


Porque é que a noiva leva um ramo de flores?

Na Grécia e Roma antigas, o bouquet das solteiras não tinha apenas flores, mas também ervas e temperos. Alguns ramos eram feitos de alho para espantar os maus espíritos.
Imaginem só o pivete… Não devia ser apenas os maus espíritos que espantavam, era o noivo, família, amigos… My God!As flores simbolizavam a vida, o crescimento e a fertilidade.

Hoje em dia existem vários tipos tamanhos e feitios de ramos, compostos pelas mais diversas flores e elementos decorativos.
Pois aqui a noiva já sabe que tipo de ramo quer. Mas fica em segredo, até ao grande dia…


O Véu:

O “véu” surge em referência à Deusa Vesta, a protectora do lar na mitologia greco-romana.
Com o surgir do cristianismo o uso do véu, que estava amplamente enraizado na população, não foi retirado mas simplesmente adaptado: passou a ser interpretado como sinal de castidade e modéstia.

Em árabe, “véu” diz-se “hijab” e significa “o que separa duas coisas”, representa a separação da vida de solteira, para entrar na vida de casada.

Em diferentes culturas muitas noivas ainda escondem a face com um véu, sendo que, só depois da cerimónia é permitido ao noivo levantar o véu e ver o rosto da sua mulher (só para ter a certeza que é mesmo ela).

Os gregos acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, estava protegida do mau olhado das mulheres e da cobiça dos homens. Também tinha um significado especial para a mulher: separava a vida de solteira da de casada e futura mãe.

Pois cá está mais uma tradição que vou cumprir! Não para separar a vida de solteira para entrar na de casada, já vivemos juntos! Também não como símbolo de castidade… tenho um filho LINDO!
Mas se calhar… para evitar o mau olhado das mulheres (essas gajas…!) hum. Ha ha ha!!! Brincadeirinha.
Vou levar véu porque gosto de ver, e noiva que é noiva, tem véu!


O Beijo:

“O som de um beijo não é tão elevado como o do canhão, mas o seu eco perdura por muito mais tempo.” - Oliver Wendell Holmes

Muitas culturas acreditam que quando os casais se beijam no fim da cerimónia, as suas almas também se compartilham.

“O beijo quase nunca é apenas um beijo. É um passaporte. Lábios e calores, centímetro a centímetro, aproximam-se formando encaixes perfeitos. Criam um universo. E nesse instante-lugar, o mundo desfaz-se, o fundo desfoca-se e tudo que se vê são luzes e sons ininteligíveis. É um lugar muito acima do nível do mar, onde o ar é rarefeito e pode-se passar a vida inteira nele.
A sensação de dormência, que começa na boca e bate no peito e corre por todo o corpo entorpecendo os sentidos, ocorre devido a mudança de altitude. A pressão atmosférica em universos paralelos faz com que pensemos que temos o mundo inteiro dentro do peito e os sorrisos mais largos.
Quando os lábios se distanciam, a realidade refaz-se e os ponteiros dos relógios continuam a girar, com um sorriso a mais.” - Tiago Yonamine

Que descrição PERFEITA!... Até fiquei com borboletas no estômago.
A parte em que ele diz que o beijo é um passaporte fez-me pensar numa coisa que sempre acreditei… o beijo é um passaporte mesmo! É a porta de entrada da outra pessoa, para falar qualquer coisa que quisermos. Quantas horas, minutos, segundos não ficamos nós, cheios de vontade, no “vai, não vai” até nos beijarmos, e… depois do beijo é que nos entregamos verdadeiramente, no sentido e falar tudo como por exemplo: “estava doida para te dar um beijo”. Depois do beijo, do NOSSO primeiro beijo, vale tudo! (menos arrancar olhos, ehehehe!)

Ora pois concerteza, que beijinhos não vão faltar!



O Padrinho:

A tradição da escolha de um padrinho é, na realidade, um costume que remonta à Antiguidade, que se escolhia um bom amigo, na maioria das vezes um guerreiro, para ajudar a proteger a noiva de possíveis raptores, os quais muitas vezes rondavam o local da cerimónia.

Ehehehehe! Já estou a imaginar os Padrinhos no altar, de fatinho escuro “às ricas” com uzi’s e shotgun’s em punho, estilo máfia italiana… Que fotografia! Ehehehe! Mas que de facto são GRANDES amigos, lá isso são.

Uma coisa velha, nova, emprestada e azul no dia do casamento:

A tradição surgiu na época Vitoriana. Geralmente, a coisa velha é uma jóia de família, um lenço ou o véu da mãe, da avó ou de uma amiga e simboliza a transição da vida de solteira para a de casada.

A nova, serve para trazer sorte e refere-se ao futuro da noiva a partir daquele dia.

A emprestada tem que pertencer a uma esposa feliz. Diz a tradição que esta felicidade será repassada para a noiva.

A azul representa fidelidade e pureza no amor.
No meu caso a coisa nova vai ser o vestido, a azul os brincos, a velha O anel, a emprestada… já tenho ideia do que vai ser, mas tenho de falar com a minha “comadre” Sara para lhe pedir.


Nomes na baínha do vestido da noiva:

Existe uma tradição baiana que diz que ter o nome de uma amiga bordado na baínha do vestido de noiva atrai casamento.
A tradição é bem clara: as amigas que tiverem o nome na baínha do vestido da noiva, casar-se-ão em breve.

Meninas, quem quiser lá ter o nome, toca a enviar e-mails à noiva para ela ir preparando o ponto cruz!



O Bolo:

Os romanos faziam bolos com farinha, sal e água, e costumavam partir uma fatia na cabeça da noiva para garantir a sua fertilidade. (que romanticamente agradável!)Branco ou colorido, doce, decorado e com recheios diferentes, o bolo dos noivos é indispensável na festa.

Conta a lenda que antigamente, todos os convidados levavam pedaços de bolo para os casamentos, que eram empilhados até formar uma pirâmide. Até o dia que um padeiro teve a ideia de confeitar os pedaços de bolo juntos, formando um bolo de vários andares. Esta tradição tornou-se frequente nos casamentos até os dias actuais e daí os bolos dos noivos terem vários andares.

Reparti-lo também representa o partilhar de uma vida comum.
Diz-se, também, que os noivos devem congelar um pedaço do bolo até fazerem 1 ano de casados; e nesse dia devem-no comer com os padrinhos.

Por isso, Capela, Miguel, Pardal, João Diogo e Tuxa já sabem… 20 de Março de 2011 há bolo bem fresquinho cá em casa!



Os “Noivinhos” do bolo:

Diz a tradição que um dos convidados deve roubar os bonequinhos e guarda-los por um ano. Se até final do primeiro ano de casamento o “gatuno” não for descoberto, paga um jantar aos noivos; se entretanto os noivos lhe tiverem descoberto “a careca”, pagam eles um jantar.

Parece ser um óptimo pretexto para mais uma grande jantarada!



O lançamento do ramo:

No final da cerimónia a noiva lança o seu ramo em direcção das mulheres solteiras. Diz-se que o bouquet é um talismã, visa dar sorte aquela que o agarrar, sendo essa a próxima a casar.

Igualmente no sentido de partilhar a boa sorte, sendo no entanto uma prática em desuso, a noiva pode distribuir pedaços do véu pelas amigas.

O bouquet sim, às poucas amigas solteiras que ainda tenho, vou concerteza cumprir esta tradição. Mas não com o meu ramo, que o meu tem um destino muito especial depois do casamento; vou lançar um idêntico para ver as solteiras a esgadanharem-se todas para o agarrar! Ha ha ha! (mentira, não temos amigas desesperadas!)


Carregar a noiva ao colo:

Algumas tradições acreditam que dá azar a noiva cair à entrada de casa, ou, se entrar com o pé esquerdo. Se o noivo a levar ao colo, evita essa onda de má sorte. Uma explicação alternativa para o facto é que os anglo-saxões costumavam roubar a noiva e carregá-la às costas. Neste povo é costume a noiva ficar do lado esquerdo do noivo de maneira a que este fique com o braço direito livre para sacar a espada e proteger sua amada do ataque de inimigos. (UUUuuuUUUh!)

Esta é uma dica para a noiva começar a comer umas saladinhas, e para o noivo praticar halterofilismo circense!
Pois que esta noiva não é assim tão leve, e entre véus, vestidos compridos com cauda e umas tacitas de champanhe, o noivo (super-herói) ainda conseguir pegar nela ao colo e entrar em casa sem se estatelarem os dois à porta… é obra!
À GRANDA marido que eu tenho!



A origem da Lua-de-Mel:

Existem diversas teorias para a origem da expressão Lua-de-Mel. Nós cremos que deva ser de facto muito doce, seja lá onde for (à partida na Cidade do Cabo). Temos pena que não possa ser de uma lua cheia à outra, até porque não aguentávamos de saudades dos nossos pimpolhos, mas 10 diazinhos vão saber a… Mel!

Mas, de volta ao “que se diz” sobre a origem desta expressão tão saboreada pelos recém-casados.

Diz-se que:
Na antiga Roma, o povo espalhava gotas de mel na soleira da casa dos recém-casados para dar sorte. Entre os povos germanos, era costume casar na lua nova, e os noivos levavam uma mistura de água e mel para beber ao luar.

Conta a lenda:
Que amigos e parentes desenhavam uma lua coberta de mel na porta da casa dos noivos, para atrair sorte e paixão eterna. A história também tem a versão que na era primitiva, os povos casavam-se somente quando a lua estava cheia e eram obrigados a beber uma mistura à base de mel, para deixar o relacionamento romântico e o casal sempre unido.

Reza a história que:
O termo lua-de-mel vem do tempo em que o casamento era um rapto, muitas vezes contra a vontade da rapariga. O homem apaixonado raptava a mulher e escondia-a durante um mês (de uma lua cheia até à outra) num lugar afastado. Durante esse período, tomavam uma bebida fermentada, à base de mel, que devia durar 28 dias, o tempo do mês lunar. A lua-de-mel, tal como a conhecemos hoje, tem origens nos hábitos ingleses do século XIX. Os recém-casados passavam uma época no campo para se libertarem das obrigações sociais.

E ainda…:
Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilónia comemoravam a lua-de-mel durante todo o primeiro mês de casamento.
Neste período, o pai da noiva dava ao genro uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação do mel, o hidromel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio do calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.

Daqui se conclui que, com ou sem lua, em 10 ou 28 dias… Há que haver muito AMOR, Mel e álcool, as chamadas “doces bebedeiras”!

2 comentários:

  1. Então Grande Maluca para eu te abençoar este casamento faz favor de escreveres o meu nome na bainha. Magda Figueiredo.lol

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  2. Os meus noivinhos foram roubados já há 23 anos e ainda nao sei quem os roubou,gostava de os reaver para as bodas de prata 🤵👰

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Uma música muiiiiiito especial!!